domingo, 4 de setembro de 2011

Led Zeppelin (Parte II)


Olá amigos,

Continuando a história com a banda Led Zeppelin, vamos para o ano de 1971 quando do lançamento do quarto álbum da banda. O tom misterioso desse album começa pelo título, pois oficialmente não existe nome atribuído a ele, porém é mundialmente conhecido como Led Zeppelin IV. É de longe o mais vendido de todos lançados pela banda e um dos mais vendidos da história do rock. O tom de mistério continua na capa, onde se vê um quadro com um velho carregando um fardo de galhos secos. Possui 8 canções continuando a linha de blues pesados e o rock'n roll tradicional dos anos 70 com letras que falam de misticismo, magias e viagens astrais. A principal música carrega o nome de Stairway to Heaven (Escadaria para o céu) escrita por Robert Plant, uma das mais famosas canções da banda.
O álbum seguinte demorou dois anos para ser lançado, periodo esse que a banda tirou para descansar da maratona dos 4 anteriores. Esse tempo foi necessário para incorporar idéias novas nas músicas e colocá-las neste LP intitulado "Houses of the Holy", canções como D'yer Mak'er e No Quarter, esta com uso de sintetizadores e elementos do rock progressivo e aquela no estilo reggae. Ultimo álbum gravado pela Atlantic Records destaca-se pelo trabalho bem acabado nos arranjos de guitarras e piano. Destaque para as músicas "The Song Remains the Same", "The Rain Song" e " No Quarter". Curiosamente ficou de fora a faixa título "Houses of the Holy" que fora lançada posteriormente em Physical Graffitti de 1975 que fecha a segunda trilogia de álbuns de estúdio do Led Zeppelin.
O rock progressivo foi adotado de vez pela banda nesse álbum que reúne várias canções longas e bem trabalhadas, pode-se dizer que foi o LP mais demorado para ser elabaorado de todos que a banda lançou, pois existem músicas ali gravadas alguns anos antes e não lançadas, casos de "Kashmir", "The Rover" e "Black Country Woman". A capa é a mais misteriosa de todas fazendo certas menções, como o rapaz sentado na escadaria do prédio (Jimmy Page), a lembrança que a foto traz do Edificio Dakota de Nova Iorque onde posteriormente John Lennon foi assassinado e também as iniciais do titulo do álbum gravadas nas janelas do edifício formando a palavra PIG na vertical. Na minha opinião é o melhor disco lançado pelo Led. Pode-se considerar também como um dos álbuns que mais contribuiram para a história do rock, influenciando inúmeras gerações.




sexta-feira, 22 de abril de 2011

Led Zeppelin (parte I)


Formada na Inglaterra em 1968 por Jimmy Page (guitarra), Robert Plant (vocal), John Paul Jones (baixo) e o insuperável John Bonham (bateria) foi uma das bandas de rock mais influentes da história, isto devido a qualidade indiscutível dos músicos. Originalmente a banda se chamava The New Yardbyrds e por sugestão de Keith Moon, baterista do The Who, a banda mudou o nome para Led Zeppelin. Muitos defendem que o Ledzep foi o precursor do som heavy metal pela potência que existia no som da banda com os riffs desconcertantes de Page, a voz inconfundivel de Plant, o baixo muito técnico de Jones e as batidas poderosas de Bonham na bateria. O album de estréia é homonimo da banda lançado em 1969 e é recheado de blues pesados e um pouco de folk, destaco nesse album as músicas You Shook Me, How Many More Times, Babe I,m gonna Leave You e a misteriosa Dazed and Confused. O segundo album entitulado Led Zeppelin II saiu no mesmo ano de 1969, ainda no auge do sucesso do primeiro, segue a mesma linha do anterior, talvez um pouco mais trabalhado. Whole Lotta Love abre o album e nessa faixa Page, que esbanjava forma, faz um experimento com um instrumento sonoro de ruido estridente. Neste album peço que confiram as faixas Heartbreaker, Moby Dick famosissima pelo solo de bateria onde Bonham toca mais da metade da faixa apenas com as mãos, e Bring it on Home, um blues pesado de primeira. O album que fecha a trilogia é Led Zeppelin III de 1970, este totalmente diferente dos dois primeiros por ser mais voltado pro folk. Neste album a banda tira um pouco o pé do acelerador no lado B (quando era disco e não existia CD ainda). Musicas como Gallows Pole, Tangerine e That´s the Way ao ouvi-las dá-se a impressão de estar numa fazenda ou longe das grandes cidades. Immigrant Song abre o album emendada com Friends e Since I've Been Loving You é o golpe de misericórdia onde fica muito claro que a banda jamais abandonaria a sua essência que é o blues.

Essa é a primeira parte do meu parecer sobre uma das bandas mais legendárias do rock mundial. Nos próximos posts vou falar mais um pouco da história do Led Zeppelin.

sábado, 2 de abril de 2011

Progressivo Nacional

Depois de um longo período sem postagens, hoje vou falar um pouco a respeito do Rock Progressivo Nacional, o próprio nome deste blog remete-se a uma das maiores bandas. No entanto vou abordar nessa postagem uma banda que nos dias de hoje poderiamos chamar de um grande projeto do rock brasileiro, porém na época não passavam de músicos desconhecidos. Formada nos anos 70 por Lulu Santos (vocal e guitarra), Luiz Paulo Simas (teclados), Fernando Gama (baixo e vocal) e Candinho (bateria), posteriormesnte este ultimo saiu e deu lugar a Lobão na bateria, e o grupo ainda teve o reforço de Ritchie no vocal e flauta. A banda possui um compacto chamado Zebra lançado em 1977 e um disco não lançado oficialmente, porém as gravações estão disponíveis na internet com baixa qualidade de gravação . A sonoridade lembra muito o Yes, tanto é que a banda tocou uma época com Patrick Moraz que teve um problema de relacionamento com Lulu que acabou por sair da banda e seguir brilhante carreira solo.

Eu considero o rock progressivo nacional um dos mais bem elaborados na cena mundial, talvez só perca para as bandas internacionais na questão de produção e gravação, mas a sonoridade muitas das vezes é igual e até superior. A criatividade do músico brasileiro é ímpar, porém em fases remotas foi muito mal aproveitada.

A propósito, o nome da banda desta postagem é VÍMANA e o vídeo é uma das raras aparições ao vivo e foi feito no primeiro Hollywood Rock que se deu em 1975 no Rio de Janeiro.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Steve Miller Band






Aqui no Brasil, terra do samba e futebol, se por um acaso você perguntar a alguém sobre Steve Miller Band tome cuidado, pois a pessoa pode achar que esteja a xingando. Essa banda formada em 1967 pelo guitarrista americano Steve Miller foi pouco difundida nas terras tupiniquins, porém o som é de muita qualidade, Steve Miller tem uma técnica apuradíssima com sua guitarra, nos primeiros albuns o estilo era mais voltado pro rock tradicional, blues e folk, onde em seguida o estilo tendeu pro progressivo, experimental e até mesmo eletrônico, mas nunca abandonando as raizes. Todo guitarrista que se preze, em minha humilde opinião deveria escutar SMB. Apesar de pouco conhecida no Brasil, a banda tem inúmeros hits, como Abracadabra, The Joker (regravada pelo DJ Fatboy Slim), Take the Money and Run, Rock Me, Jet Airliner (video), Fly Like an Eagle, Heart Like a Wheel, Swingtown, entre outras. Eu conheci o som do Steve Miller Band assim como muitos outros rockeiros da minha época ouvindo a extinta Radio 89FM de São Paulo. Apesar de muito antiga, a banda ainda continua na ativa, porém faz shows apenas nos EUA e Europa, onde tem mais apelo, pois graças a cultura brasileira, uma banda dessa qualidade jamais pisará aqui, infelizmente.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

União civil e musical

Vou continuar privilegiando as mulheres vocalistas nesse post. Boa parte do meu dia eu passo escutando a Radio Antena 1 FM de Campinas. A Antena 1 hoje assemelha-se muito com a 89 FM (quando esta era ainda a Radio Rock) no que diz respeito a soft/pop rock e new wave. Essa dupla da qual quero falar está inserida na safra new wave dos anos 80 e toca muito nessa rádio. Annie Lennox e Dave Stewart formavam a dupla britânica Eurythmics, um conceito muito usado na época eram esses duos com bandas de apoio por trás, Annie Lennox é dona de uma poderosissima voz, apesar de loira, o timbre de sua voz é de negra, tanto é que a própria Annie foi influenciada pela música negra. Dave Stewart era o mentor da dupla, ou seja, cuidava de tudo desde arranjos, produções e direção artistica. Eurythmics é daquelas bandas musiciais que se tornaram unanimidade perante aos críticos, devido sua trajetória muito regular durante sua fase áurea e um som que agrada tanto a gregos como troianos, aliás o nome Eurythmics é baseado em uma dança grega que Lennox aprendeu quando criança, apesar de Dave ter mantido a versão de que o nome se originou da junção dos substantivos europeu e ritmicos. Eurythmics é uma legitima banda dos anos 80, pois sua fase mais rica foi nessa década, após esse periodo tiveram muias idas e vindas. Sobre a união civil da dupla, aconteceu ainda quando nem formavam o Eurythmics e se desfez dois anos depois, o que não impediu posteriormente que a dupla fosse formada. Seus maiores sucessos foram: Sweet Dreams (A Made of This), When Tomorrow Comes, Here Comes the Raining Again, There Must be an Angel (Playing with my Heart)(vídeo).

domingo, 30 de janeiro de 2011

Siouxsie and the Banshees



Para aqueles que já passaram dos 40 ou estão chegando lá como eu, esse é um post que talvez possa puxar algo pela memória. A banda formada em 1976 influenciou muitas outras do gênero seja gótico, dark ou pós-punk, porém fica a seu critério. Eu classifico o Siouxsie and the Banshees como uma banda gótica que traz muito da obscuridade dos Bauhaus e o comportamento do The Cure. As letras eram carregadas de temas de terror e o som era melancólico. Sua vocal inconfundível Siouxsie Sioux (Susan Ballion) foi uma referência para o próprio nome da banda, tanto Siouxsie como The Banshees, por causa de sua voz tenebrosa. No começo dos anos 80 quando assumiram de vez a sonoridade gótica tiveram ninguém menos que Robert Smith do The Cure em sua formação, este alternava entre o Cure e o Siouxsie & The Banshees nos shows. Quem passou pela banda também foi o baixista Sid Vicious na sua primeira formação e fase mais punk, porém este pouco depois veio a integrar o Sex Pistols. Os principais hits foram: Hong Kong Garden, Happy House, Christine (vídeo), Israel, Spellbound, Arabian Knights, Cities and Dust e The Passenger (Iggy Pop). A banda teve suas atividades oficialmente encerradas no ano de 1996, onde a própria Siouxsie afirma que a industria fonográfica estava revivendo a cena punk com intuito de encher os bolsos. Ainda segundo ela, as bandas eram de qualidade questionável, ou seja uma alfinetada nos Sex Pistols que estava voltando as atividades.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Pop Rock

O Rock surgiu oficialmente na década de 50 e de lá pra cá criaram-se muitas vertentes. A matéria-prima principal foi o blues. Porém esse post vou falar de uma vertente que a maioria das pessoas conhece e gosta, que é o Pop Rock, ou seja, um rock mais voltado para as massas. Alguns chamam simplesmente de rock, porém eu prefiro chamar de rock comercial. O porque de chamar de rock comercial se deve ao fato de que as músicas elaboradas nesse estilo não superam a faixa dos 5 minutos e são feitas exclusivamente para se tocarem nas rádios. E não somente as rádios específicas de rock, mas sim rádios de diversos estilos. A primeira onda de pop rock que existiu foi com Elvis Presley e seguidamente com os Beatles e se consolidou com os Bee Gees, mesmo porque os próprios Beatles se enveredaram por um estilo mais psicodélico na metade dos anos 60. Nos anos 70 teve como um dos principais ícones o cantor, compositor e pianista Elton John. Nos anos 80 teve uma verdadeira explosão de bandas de pop rock, porém a que mais destacou foi o U2. A fase anos 90 teve bandas como Oasis e Blur do Reino Unido. Atualmente, graças a internet, o pop rock se tornou ainda mais comercial dando origem a um estilo chamado emo rock e seu apelo visual ficou mais forte com bandas como The Calling, Maroon 5, Tokio Hotel e Avril Lavigne.
No vídeo abaixo um pop rock honesto do estilo contemporâneo voltado para o folk e country da cantora KT Tunstall - Suddenly I See